Quando pensamos num novo negócio vinculado com tecnologia, um aplicativo ou site por exemplo, uma das coisas que sempre aparecem como entrave a continuar com o negócio é: como irei ganhar dinheiro com essa plataforma?

Existem várias formas de rentabilizar um software, como anúncios, cobrança por download, ações de marketing direcionadas para os usuários, entre outros. Isso, óbvio, vai depender do escopo do negócio, qual o seu objetivo, o público a quem vai ser direcionado, entre outros critérios.

Porém, vamos centrar em uma que está sendo muito popular atualmente e que é tendência de mercado: as subscrições.

Para contextualizar o surgimento das subscrições como modelo para rentabilizar um serviço, vamos falar um pouquinho do Spotify: serviço de streaming para ouvir as músicas que você quiser.

Quando nasceu, lá pelo ano 2011, foi uma novidade. Até o momento, era mais comum para os serviços digitais utilizar a publicidade para ganhar dinheiro e manter o conteúdo livre, ou adquirir um software através do licenciamento perpétuo.

O Spotify veio a mudar um pouco o panorama, apresentando aos usuários duas escolhas:

  1. usar de forma gratuita com interrupções de publicidades; ou
  2. assinar, pagando uma mensalidade, para poder escutar músicas sem publicidade, além de algumas outras funcionalidades que não estão na versão gratuita, a exemplo da ordenação das músicas.

Uma estratégia que funcionou muito bem com o Spotify para impulsionar o número de usuários subscritos, foi fornecer alguns meses de acesso gratuito, ou seja, um test drive. Com isso, vários usuários provaram o gostinho das funcionalidades restritas antes de efetivamente pagar por elas e acabaram se acostumando com tais benefícios, o que com certeza colaborou muito para a permanência de muitos deles como pagantes.

Nesse momento inicial, foi um pouco louco e diferente. Mas hoje é um modelo de sucesso que começou a ser usado por outras marcas famosas.

Eu sei, você já está pensando na Netflix! Nesse caso, não há versão gratuita, mas trata-se de uma assinatura com pagamento mensal que veio satisfazer uma necessidade real: acessar ao conteúdo de filmes/séries sem o deslocamento até lojas físicas, e a um preço bastante acessível.

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Outro exemplo de subscrição é com jornais. Já aconteceu com você, depois de ler 10 notícias por mês, ter que fazer subscrição para continuar lendo? Infelizmente, no Brasil, essa estratégia veio vinculada ao uso exagerado de clickbaits (isto é, manchetes ou imagens sensacionalistas que não trazem informação de qualidade, apenas com intuito de gerar cliques), o que acaba tornando muito ruim para os usuários. Bom, como vemos, existem várias formas e estratégias possíveis, mas deve-se sempre pensar em formas que não atinjam negativamente a experiência do usuário.

Não é tarefa fácil convencer as pessoas a começarem a pagar para acessar ao conteúdo que estavam acostumadas a ter de graça. Mas, podemos prestar atenção nos casos de sucesso, como o êxito do Spotify que foi muito notável.

Como diz a WIRED (revista dos EUA que também funciona com subscrições), o gigante do streaming de música conseguiu que os subscritores consumam muito mais música com direito dos autores do que na época do boom dos CDs nos EUA.

Então, como recomendação final: se quer disponibilizar um serviço útil para os usuários, pense também no modelo de subscrição, seja semanal, mensal, anual, como forma de rentabilizar seu negócio. Tente achar a melhor estratégia pela qual seus usuários começariam a pagar para continuar acessando ao conteúdo e mantenha o interesse deles com novidades.

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